Playlist Youtube

domingo, 16 de março de 2025

Senador Marcos do Val denuncia suposta perseguição política e pressão para afastá-lo do Senado




Em um vídeo publicado no YouTube no dia 14 de março de 2025, o senador Marcos do Val (ES) afirmou estar sendo alvo de uma articulação entre senadores de esquerda e o Supremo Tribunal Federal (STF) para afastá-lo de seu mandato. O parlamentar alega que suas recentes denúncias incomodaram o sistema e resultaram em tentativas de retaliação.

Segundo do Val, senadores alinhados ao governo Lula estariam pressionando a direção do Senado a tomar providências contra ele, sob a justificativa de que suas atitudes estariam causando "constrangimento" à Casa Legislativa. "Significa que o STF viu que não tem como me barrar e agora está recorrendo ao Senado para pedir apoio para que eu possa ser afastado pelos senadores de esquerda", declarou.

O senador também relatou que a questão foi debatida em uma reunião de líderes do Senado, onde teria havido embates entre parlamentares da direita e da esquerda. Ele acusa seus adversários de utilizarem um discurso de que ele precisaria ser afastado para tratamento médico como uma estratégia para descredibilizá-lo e silenciá-lo. "Isso é uma maneira de sumir com o senador Marcos do Val", alertou.

Em sua declaração, do Val afirmou que um "grande órgão internacional" teria reconhecido oficialmente sua condição de perseguido político e estaria tomando medidas para denunciá-lo junto à ONU e ao Tribunal Penal Internacional. O senador não especificou qual é esse órgão, mas alegou que o caso pode resultar na condenação de autoridades brasileiras por crime contra a humanidade em até 70 países, com penas que podem chegar à prisão perpétua.

A situação de Marcos do Val tem gerado forte repercussão nos bastidores do Senado e na opinião pública. Ele concluiu seu pronunciamento reafirmando que não pretende recuar e que continuará sua luta por aquilo que acredita ser a defesa da democracia e da liberdade de expressão. "Seguiremos juntos até que toda a justiça seja feita", finalizou.

Até o momento, nem o STF nem os senadores citados pelo parlamentar se pronunciaram oficialmente sobre as alegações.



EX-PRESIDENTE JAIR BOLSONARO REÚNE MILHARES DE PESSOAS EM COPACABANA




EX-PRESIDENTE E ALIADOS PEDEM ANISTIA DOS PRESOS DE 8 DE JANEIRO E LIBERDADE DE EXPRESSÃO



    Milhares de pessoas se reuniram hoje na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em uma manifestação em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e em defesa da anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023. O ato ocorre uma semana antes do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que pode tornar Bolsonaro réu por suposta tentativa de golpe de Estado.

    Desde as primeiras horas da manhã, manifestantes vestidos com camisas da seleção brasileira e portando bandeiras nacionais começaram a se concentrar na Avenida Atlântica. Cartazes com dizeres como "Anistia já" e críticas ao ministro do STF Alexandre de Moraes foram vistos entre os participantes. Dois trios elétricos foram posicionados para os discursos das lideranças políticas presentes.

    O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), presente no evento, afirmou que a manifestação é "um passo importante para derrotar o alexandrismo", em referência ao ministro Alexandre de Moraes. Ele também criticou as penas aplicadas aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, classificando-as como exageradas.

    A manifestação também contou com a presença de governadores como Tarcísio de Freitas (São Paulo), Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Mauro Mendes (Mato Grosso) e Jorginho Mello (Santa Catarina), além de diversos parlamentares e lideranças religiosas. O pastor Silas Malafaia, um dos organizadores do evento, destacou a importância de pressionar o Congresso Nacional pela aprovação do projeto de lei que concede anistia aos manifestantes presos após os acontecimentos de janeiro de 2023.

    O ex-presidente Jair Bolsonaro, que chegou ao Rio de Janeiro na noite anterior, foi recebido por apoiadores em frente ao hotel onde está hospedado. Em vídeo publicado nas redes sociais, Bolsonaro afirmou que o protesto é pelo "resgate dos presos do 8 de janeiro" e expressou expectativa positiva em relação ao evento.

    O ato em Copacabana ocorre em um momento crucial, já que o STF marcou para 25 de março o início do julgamento da acusação contra o chamado núcleo central da trama para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Se a denúncia for aceita, Bolsonaro e outros envolvidos podem se tornar réus por tentativa de golpe de Estado.

    A manifestação busca não apenas demonstrar apoio ao ex-presidente, mas também pressionar as autoridades pela anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, ressaltando a importância da liberdade de expressão e do direito à manifestação pacífica.


sábado, 8 de março de 2025

Brasil Avalia Buscar o México Após Tarifaço dos EUA


BRASIL / ECONOMIA
    

O cenário comercial global tem se tornado cada vez mais complexo, especialmente devido à adoção de tarifas protecionistas pelos Estados Unidos sob a liderança do presidente Donald Trump. Em resposta ao "tarifaço" de Trump, que impacta diretamente na economia de diversos países, o governo brasileiro está considerando intensificar seus laços comerciais com o México. A iniciativa faz parte de uma estratégia maior para mitigar os impactos de restrições tarifárias impostas pelos EUA e buscar alternativas que fortaleçam sua posição no mercado global.

Os Impactos do Tarifaço


    As tarifas impostas pelos Estados Unidos, que incluem sobretaxas para produtos como aço e alumínio brasileiros, têm gerado receio no mercado e adicionam pressão sobre as relações comerciais entre Brasil e EUA. De acordo com informações da BBC, as novas tarifas sobre aço e alumínio atingem 25%, o que pode dificultar a competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano. Além disso, produtos como etanol e ferro manufaturado também estão na lista de tarifas futuras, agravando a situação para exportadores brasileiros.

    Embora o impacto econômico seja nominalmente menor para o Brasil, devido à menor dependência da sua indústria exportadora em relação ao mercado norte-americano, os produtores brasileiros enfrentam agora a necessidade de encontrar outros destinos para seus produtos. No curto prazo, especialistas avaliam que o aumento da oferta no mercado interno pode gerar uma redução de preços para alguns bens, mas sem resolver a questão estrutural da perda de grandes volumes de exportação.

    Por outro lado, o México e o Canadá, parceiros mais próximos dos EUA no âmbito comercial, foram particularmente impactados pelo tarifaço. Ambos os países dependem fortemente do mercado americano, especialmente para exportação de produtos industriais e automotivos. Segundo o G1, o governo americano também ameaçou implementar novas tarifas para diversos produtos provenientes desses países, exacerbando os desentendimentos comerciais.

    Com isso, o Brasil vê no México uma oportunidade estratégica para fortalecer colaboração econômica e, ao mesmo tempo, diversificar sua pauta exportadora.

    A Abertura de Diálogo com o México


    Diante deste panorama, a possibilidade de construir uma relação comercial mais robusta entre Brasil e México vem ganhando relevância. Segundo declarações recentes da presidente mexicana Claudia Sheinbaum, o México pretende buscar novos parceiros comerciais como forma de se proteger contra o impacto das tarifas americanas. Durante conversas bilaterais, a CNN Brasil relatou que a mandatária expressou interesse em explorar parcerias estratégicas com o Brasil, considerando o agronegócio brasileiro como um potencial catalisador para o comércio bilateral.

    O México importa tradicionalmente do mercado americano produtos industrializados como alumínio, aço, carne suína e peças automotivas. Contudo, em função do tarifaço, empresas mexicanas enfrentam aumento significativo nos custos operacionais e podem precisar redirecionar suas cadeias de suprimento. Nesse contexto, a entrada de commodities brasileiras no México — como carne bovina, grãos e derivados de celulose — surge como uma oportunidade estratégica para mitigar os efeitos das tarifas impostas por Washington.


    Brasil e México: Relação Comercial em Evolução


    Embora Brasil e México representem as duas maiores economias da América Latina, as relações comerciais entre os dois países ainda são consideradas subexploradas. Atualmente, o comércio bilateral é regido por dois acordos comerciais pré-existentes, mas ambos são limitados em termos de abrangência e categorias de produtos. Conforme aponta a Confederação Nacional da Indústria (CNI), é necessário estabelecer um tratado moderno e abrangente que promova maior integração, amplie o fluxo de bens e estimule investimentos bilaterais.

    Para aproveitar este momento de oportunidade, o governo brasileiro planeja enviar uma missão comercial ao México. Como reportado por veículos como o Meio Norte, o objetivo será identificar novos setores colaborativos, estruturando mecanismos para reduzir barreiras comerciais e diversificar a pauta de exportação de ambos os lados.
Considerações Finais

    Em um ambiente econômico global caracterizado por incertezas, o reforço das relações comerciais entre Brasil e México oferece uma janela de oportunidade estratégica. A busca por diversificação das parcerias comerciais brasileiras tem se tornado imperativa, e o México é um passo natural nesta direção.

    Seja no fortalecimento do agronegócio, seja em setores industriais estratégicos, o estreitamento de laços entre essas duas potências latino-americanas poderia redefinir o equilíbrio de forças econômicas na região. Um potencial acordo comercial mais abrangente entre Brasil e México representaria não só maior resiliência frente a crises externas, mas um novo capítulo promissor na relação entre as duas maiores economias da América Latina.

segunda-feira, 3 de março de 2025

SEM ANITTINHA!!!!



A Hipocrisia de Anitta: Quando a "Justiça" Vira Perseguição Política


   Por: Claudia Souza

     A cantora Anitta, que construiu sua carreira explorando a vulgaridade e o espetáculo vazio, agora se aventura como palpiteira política sem qualquer compromisso com a coerência ou a justiça. Em sua recente aparição pública, gritou "SEM ANISTIA!", celebrando a prisão de manifestantes do 8 de janeiro – muitos deles condenados sem o devido processo legal e com penas absurdamente desproporcionais. Enquanto cidadãos comuns, que participaram de protestos e cometeram delitos menores de depredação, são tratados como terroristas, criminosos de verdade – estupradores, traficantes e assassinos – são libertados com penas brandas ou sequer vão para a cadeia.

    A seletividade da indignação de Anitta não é surpreendente. Sua postura sempre foi conveniente aos interesses do governo atual, um regime que cada vez mais demonstra traços autoritários ao perseguir opositores políticos e calar vozes divergentes. Lula, a quem Anitta defende sem constrangimento, é o mesmo que se alia a ditaduras como a da Nicarágua e da Venezuela, ataca os Estados Unidos e flerta com regimes que desprezam a liberdade de expressão – a mesma liberdade que ela usufrui sem medo.

    Se Anitta estivesse realmente preocupada com justiça, denunciaria o absurdo que se passa no Brasil: um sistema onde pichadores e invasores de prédios públicos são tratados com mais rigor do que traficantes e homicidas. Mas, em vez disso, ela prefere fazer coro à perseguição política, ignorando que um Estado que pisa nos direitos de uns hoje pode fazer o mesmo com outros amanhã. Seu discurso não passa de um reflexo do oportunismo de quem se adapta às tendências políticas para continuar sob os holofotes.

    A cantora, que nunca se preocupou com coerência em sua vida pública, agora veste a máscara de ativista, mas sua militância é seletiva e vazia. A defesa de penas duras só vale quando atinge seus adversários ideológicos, e a democracia que ela diz proteger se torna irreconhecível diante do avanço da censura e da perseguição política no Brasil. Se essa é a "justiça" que Anitta defende, é um claro sinal de que estamos cada vez mais próximos de um regime que pune opositores e protege criminosos aliados ao poder.


sábado, 22 de fevereiro de 2025

"A MARCHA DAS GALINHAS TRABALHADORAS"

😀 HUMOR 😀

 


    A culpa não é da economia! O verdadeiro problema está no sindicato dos galináceos, que decretou greve geral na operação “Marcha do Ovo”. Os galos estão batendo as esporas e exigindo aumento imediato das porções de ração—caso contrário, nada de cantar ao amanhecer e muito menos fertilizar ovos. Já as galinhas, indignadas, reivindicam melhores condições de trabalho: camas com tecnologia NASA, plano de saúde com direito a parto programado, lençóis egípcios de mil fios, férias remuneradas e, claro, pacotes de viagem para galinheiros de luxo na Europa como plano de incentivo por produção.

    Enquanto isso, os galos ‘trans’ tentam mediar a situação, mas enfrentam um pequeno (ou grande?) problema técnico: falta-lhes a ferramenta essencial para a reprodução. As galinhas ‘cys’, por sua vez, se recusam a firmar qualquer tipo de acordo sem uma cláusula específica garantindo serviços de spa e massagem com grãos orgânicos. 

    Diante do caos, o presidente estuda convocar os atacadistas para uma reunião de emergência ainda essa semana, mas os ovos já dão sinais de sumiço e a inflação do omelete é iminente. 

    No Palácio do Planalto, emas e jabutis estão sendo treinados para assumir a produção de ovos, mas a questão permanece: depois das últimas declarações viris do presidente, suspeitam que não sobrarão ovos suficientes para a classe média alta. 

    Já os Ministros do SPTF receberam nessa semana, um projeto de lei encaminhado pelo PTSOL pedindo a isenção de pena para ladrões de ovos da classe baixa e com renda mínima e anistia total e irrestrita para ladrões de galinhas que ainda encontram-se detidos no sistema penitenciário. 

    O mercado segue em suspense. Enquanto isso, resta ao consumidor escolher entre pagar o preço de R$40 a cartela ou começar a treinar codornas no quintal. O Programa matinal da Rede PTGlobo está desenvolvendo uma pauta especial com receitas incrementadas e opiniões de especialistas do setor de saúde e nutrição sobre os benefícios do consumo de insetos. 

    O Ministério da Saúde está desenvolvendo um projeto para capacitar cidadãos de baixa renda para que monitorem grupos urbanos e rurais para a caça do mosquito da Dengue. Segundo especialistas, a ação resolverá dois problemas do Brasil em caráter emergencial: A fonte de proteína para a população carente e o controle da Dengue. 

    A jornalista Mortadela Lima, com o objetivo de colaborar com toda a sociedade brasileira, está lançando um livro patrocinado pelo Ministério da Cultura com o título: Entenda como o Aedes aegypti pode ser altamente nutritivo. O lançamento será feito em uma livraria famosa no Shopping da zona sul e a primeira dama Granja já confirmou presença.


***

Publicidade

Preço sujeito à alteração mediante a data de acesso e estoque





sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

AGU defender Alexandre de Moraes em processo internacional é INCONSTITUCIONAL




Por: Claudia Souza

AGU Pode Defender Alexandre de Moraes? Senador Marcos do Val Aponta Ilegalidade e Denuncia ao MPF, TCU e CGU!


    A utilização da Advocacia-Geral da União (AGU) para defender o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em processos internacionais que o acusam de violações aos direitos humanos e à liberdade de expressão, está gerando forte polêmica. A constitucionalidade dessa prática é questionada, levantando dúvidas sobre o uso da estrutura do Estado para proteger um membro do Judiciário em âmbito internacional.

    Diante disso, o Senador Marcos do Val está encaminhando denúncias ao Ministério Público Federal (MPF), Tribunal de Contas da União (TCU) e à Controladoria-Geral da União (CGU), alegando possível desvio de finalidade e improbidade administrativa.

AGU: Suas Atribuições e Limites Constitucionais


    A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 131, define que a AGU é responsável pela representação judicial e extrajudicial da União, além de prestar consultoria e assessoramento jurídico ao Poder Executivo. Seu chefe, o Advogado-Geral da União, é nomeado pelo Presidente da República e deve possuir notável saber jurídico e reputação ilibada.

    No entanto, não há previsão constitucional ou legal que permita que a AGU atue na defesa pessoal de ministros do STF. Sua atuação deve se restringir à proteção dos interesses da União, e não à defesa de indivíduos, ainda que ocupem altos cargos na estrutura do Estado.

    Ministros do STF e sua Independência


    Os ministros do Supremo Tribunal Federal são agentes políticos que exercem funções jurisdicionais, aplicando e interpretando a Constituição. Apesar de integrarem a estrutura do Estado, sua atuação deve ser independente e desvinculada do Poder Executivo. Dessa forma, sua defesa deveria ser feita por órgãos internos do Judiciário ou de forma particular, e não por um órgão ligado ao governo.

    Princípios da Administração Pública e o Uso Indevido da AGU


    A Constituição impõe regras rigorosas para o uso da máquina pública. O artigo 37, caput, estabelece os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. A utilização da AGU para a defesa de um ministro em âmbito pessoal pode violar especialmente os princípios da impessoalidade e moralidade, visto que não há justificativa para empregar recursos públicos em uma defesa particular.

    No entanto, alguns defendem que, se as acusações internacionais contra Moraes derivam de suas funções jurisdicionais, sua defesa seria uma questão institucional, necessária para proteger a autoridade do Judiciário. Ainda assim, essa interpretação não encontra base explícita na Constituição.

    Senador Marcos do Val e sua Denúncia ao MPF, TCU e CGU


    O Senador Marcos do Val criticou abertamente a atuação da AGU e afirmou que essa prática pode configurar desvio de finalidade e improbidade administrativa. Segundo o parlamentar, usar um órgão estatal para defender um ministro em ações internacionais é inconstitucional e fere os princípios da administração pública.

    Diante disso, o senador encaminhou representações ao Ministério Público Federal (MPF), Tribunal de Contas da União (TCU) e à Controladoria-Geral da União (CGU), solicitando a investigação e responsabilização dos envolvidos. Caso seja comprovada irregularidade, medidas legais podem ser tomadas para impedir essa prática e punir os responsáveis.

    Precedentes e Consequências para o STF


    Até o momento, não há precedentes claros de que a AGU possa atuar na defesa de ministros do STF em processos internacionais. Em casos anteriores, ministros recorreram a advogados particulares ou utilizaram órgãos internos do próprio Judiciário.

    Se a denúncia de Marcos do Val prosperar e a irregularidade for confirmada, o caso pode gerar um grande impacto político e jurídico, estabelecendo novos limites para a atuação da AGU e garantindo maior transparência no uso dos recursos públicos.

    A defesa do ministro Alexandre de Moraes pela AGU levanta questões importantes sobre a legalidade dessa prática. Se por um lado há quem defenda que a proteção do Judiciário é essencial, por outro, não há base legal para que um órgão do Executivo atue na defesa pessoal de um ministro do STF.

    A denúncia do Senador Marcos do Val adiciona um novo elemento à discussão e pode levar a investigações formais sobre o caso. O resultado poderá definir os limites da atuação da AGU e garantir maior controle sobre o uso da máquina pública.



***

Publicidade

Preço sujeito à alteração mediante a data de acesso e estoque






quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

A Incoerência de Davi Alcolumbre: Anistia para Uns, Silêncio para Outros




    A recente declaração de Davi Alcolumbre, presidente do Senado, sobre a anistia dos manifestantes de 8 de janeiro, trouxe à tona uma grande contradição política. Em entrevista dada hoje, Alcolumbre afirmou que a discussão sobre anistia "não é um assunto para os brasileiros". Para ele, o debate sobre a libertação dos envolvidos nos atos antidemocráticos não deve ser uma pauta no Congresso, ignorando o clamor de grande parte da população e dos próprios parlamentares que tentam viabilizar essa discussão.

    Alcolumbre, em sua declaração, fez uma clara manobra para afastar qualquer possibilidade de que o Senado se envolvesse em uma discussão tão polêmica. “Isso não é um assunto que estamos debatendo. Quando falamos sobre isso o tempo todo, estamos dividindo ainda mais a nossa sociedade com um tema que não interessa aos brasileiros”, afirmou.

    É importante notar que, em um contexto em que os presos de 8 de janeiro, em sua maioria, foram levados ao cárcere sem o devido processo legal, com um questionamento sobre as provas que ligam muitos deles aos atos de violência, a atitude do presidente do Senado soa como um verdadeiro desdém à democracia e à justiça. O que ele ignora, ou tenta ignorar, é que muitos desses indivíduos estão sendo acusados de crimes sem provas conclusivas que justifiquem suas condenações, o que coloca em xeque os princípios fundamentais do direito à ampla defesa e ao devido processo legal.

    A postura de Alcolumbre parece ainda mais contraditória quando comparada com sua trajetória política e histórica. Durante a ditadura militar, o próprio Davi Alcolumbre foi um defensor da anistia aos ex-militantes de esquerda, muitos dos quais foram responsáveis por crimes gravíssimos, como sequestros, assassinatos e assaltos a bancos. O caso de Carlos Marighella, Carlos Lamarca, e Dilma Rousseff, entre outros, que participaram de ações violentas e que hoje ocupam posições de destaque no Brasil, é emblemático para entender a aplicação da anistia.

    Curiosamente, a anistia foi concedida a esses ex-militantes com base em um contexto histórico que visava promover a pacificação e a reconstrução do país após anos de repressão. No entanto, agora, quando se trata de manifestantes que, em sua maioria, não estavam armados e não praticaram atos de violência como sequestros ou assassinatos, Alcolumbre se posiciona contra a anistia. Isso levanta questões sobre a seletividade da justiça e o uso político da legislação.

    Ao comparar as ações dos anistiados da ditadura com os manifestantes do 8 de janeiro, é impossível ignorar a diferença de gravidade entre os dois grupos. Os militantes da esquerda, durante a ditadura, estiveram envolvidos em uma série de crimes violentos, como sequestros (como o do embaixador norte-americano Charles Elbrick), assaltos a bancos, e até mesmo assassinatos, como o de policiais. Esses crimes foram amplamente documentados e causaram sérios danos à ordem pública e ao Estado brasileiro.

    Por outro lado, os manifestantes de 8 de janeiro, embora tenham depredado prédios públicos e causado danos materiais significativos, não estavam armados e, até o momento, não foi encontrada qualquer prova de que tivessem planejado ações violentas com o objetivo de causar mortes ou destruição em larga escala. Não houve sequestros, nem atentados terroristas, nem assassinatos. Mesmo com a tentativa de criar um clima de pânico e desestabilização, os atos de 8 de janeiro não têm a mesma gravidade dos crimes cometidos pelos ex-militantes da esquerda durante os anos de ditadura.

    A posição de Alcolumbre vai além da simples defesa do status quo político. Sua atitude reflete uma tentativa de construir uma narrativa de justiça seletiva, onde determinados grupos, com base em sua ideologia ou posicionamento político, são mais favorecidos do que outros. Ao agir dessa forma, Alcolumbre está colocando em risco os valores democráticos do país, criando um cenário de desconfiança nas instituições e na aplicação da justiça.

    A verdadeira questão que fica para o público brasileiro é: Por que uma anistia foi válida para aqueles que cometeram crimes graves na luta contra a ditadura, mas não pode ser estendida a manifestantes que, embora tenham se equivocado, não praticaram crimes comparáveis em termos de violência?

    A anistia do passado representou a tentativa de pacificação de um Brasil marcado pela repressão e pela falta de liberdade. A anistia de agora, se for aprovada, poderia ser uma maneira de restaurar a confiança na justiça e na equidade do sistema, especialmente para aqueles que ainda aguardam um julgamento justo. A declaração de Alcolumbre, no entanto, não só esconde essa realidade, como também joga mais lenha na fogueira da polarização política.

    Ao negar aos brasileiros o direito de discutir um tema que impacta diretamente as liberdades civis e os direitos fundamentais, Alcolumbre está demonstrando uma postura autoritária e elitista. Essa atitude não condiz com os princípios democráticos que ele deveria proteger como presidente do Senado. A discussão sobre a anistia não só é relevante para os brasileiros, como também é fundamental para o fortalecimento do Estado de Direito e da justiça no Brasil.

    O que está em jogo não é apenas o destino dos manifestantes de 8 de janeiro, mas sim o futuro da democracia brasileira e sua capacidade de lidar com seus próprios erros do passado.



***

Publicidade

Preço sujeito à alteração mediante a data de acesso e estoque


PUBLICIDADE

PUBLICIDADE
GARANTA O SEU CUPOM DE DESCONTO

Segundo Juristas STF desrespeitou o artigo 244 do Código Civil ao intimar Bolsonaro na UTI

       O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a ser o centro das atenções ao publicar um vídeo em suas redes sociais que mostra um momento de...